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RUY GUILHERME PARANATINGA BARATA

( Pará – Brasil )

(Santarém, 25 de junho de 1920 — São Paulo, 23 de abril de 1990) foi um poeta, político, advogado, professor e compositor brasileiro.

Em meio aos estudos jurídicos sente aumentar a paixão pela poesia. Mergulha fundo nos poemas de Maiakovski, Garcia Lorca, T.S. Elliot, Mallarmé, Rilke, Pablo Neruda, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Murilo Mendes, Jorge de Lima, entre outros. Abre-se ao pensamento de esquerda através da leitura do Manifesto Comunista de Marx e Engels.  (...)
Em decorrência dessa luta contra o autoritarismo de Magalhães Barata, Rui Guilherme Paranatinga Barata entra na política partidária e, aos 26 anos, em 1946, é eleito deputado para a Assembleia Constituinte do Pará, pelo Partido Social Progressista (PSP). Embalado pelo clima de explosão democrática que sucedeu a vitória dos aliados contra o nazifascismo na Europa, nenhum tema relevante aos direitos humanos escapou da percepção do jovem deputado naquela legislatura. A luta pela paz num mundo traumatizado pela morte de milhões de seres humanos nos campos de batalha, o horror da ameaça atômica que exterminara as populações de Hiroshima e Nagasaki, o respeito à autodeterminação dos povos, o Estado de Direito no Brasil, a defesa da soberania da Amazônia e a luta contra a pobreza foram temas caros a Ruy Barata.

(Ver biografia completa e a vasta obra literária e poética em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rui_Barata

TEXTOS EM PORTUGUÊS  -  TEXTOS EN ESPAÑOL

 

VISIÓN DE LA POESÍA BRASILEÑA. Org. MELLO, Thiago de.   Edición bilingüe.  Traducción de Adán Méndez.  Santiago de Chile: Red Internacional del Libro, 1996. Auspiciada por la Embajada del Brasil.                                                    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

CANÇÃO DOS QUARENTA ANOS

Poema, suspende a taça
pelos días que vivi.
Espelho, diz-me em que jaça
mais fiel me refleti.
Quarenta anos correram
e neles também corri.

Quarenta anos, quarenta!
(Quantos mais aindad virão?)
Morrerei hoje de infarto
ou amanhã de solidão?
Serei pasto de malária?
Serei presa do avião?

A morte engendra esperança
A morte sabe fingir.
A morte apaga a lembrança
da norte que vai ferir.
E em cada instante que pasa
a morte pode surgir.

Quem pode medir um homem?
Quem pode um homem julgar?
Um homem é terra de sonhos,
sonho é um mundo a decifrar:
naveguei ontem no vento,
hoje cavalgo no mar.

Hoje sou. Ontem, não era.
Amanhã de que serei?

Um homem é sempre segredos
(Por qual deles purgarei?)
Dos meus netos, que o neto,
em que me repetirei?

Que virtudes foram mihnas?
Que pecados confesar?
Que territorios de engaños
a meus filhos vou legar?
A quem passarei meu cantos
quando meu canto passar!

Ah! como a vida é ligeira!
Ah como o tempo deflui!
Este espelho não mais fala
da criança que já fui,
das minhas rugas ruindo
apenas um nome rui.

Quedê rede balançando?
Quedê peixinhos do mar?
Quedê figo da figo da Figueira
pru passarinho bicar?
E o anel que tu me deste
em que dedo foi parar?

Dezembro chama janeiro,
(fevereiro vai chamar?)

Monte-Cristo se me visse
não iría acreditar.
Como está velho, diría
a donzela Dagmar.
Um homem que cresce espalhando
o reino em que foi feliz.—
Onde Athos? Onde Porthos?
Onde o tímido Aramis?
Um homem querendo
e cresce quando não quis.



TEXTOS EN ESPAÑOL
Traducción de Adán Méndez

 

CANCIÓN DE LOS CUARENTA AÑOS

Poema, alza la copa
por los días que viví.
Espejo, dime en qué fruta
más fiel me reflejé.
Cuarenta años corrieron
y en ellos también corrí.

Cuarenta años, cuarenta!
(y cuántos aún vendrán)
Iré a morir hoy de infarto
o mañana de soledad?
Seré pasto de la malaria?
Seré presa del avión?

La muerte engendra esperanza.
La muerte sabe fingir.
La muerte apaga el recuerdo
de la muerte que va herir.
Y en cada instante que pasa
la muerte puede surgir.

Quién puede medir un hombre?
O quién lo puede juzgar?
Un hombre es tierra de sueños,
que se deben descifrar,
ayer navegué en el viento,
y hoy cabalgo en el mar.

Hoy día soy, ayer no era.}
Mañana de quién seré?

Un hombre siempre en secretos.


 

 

 
 
 
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